30-04-2020
Alta de 20% na conta de luz torna energia solar mais atrativa, afirma ABSOLAR
By Ericka Araujo
Alta de 20% na conta de luz torna energia solar mais atrativa, afirma ABSOLAR
Com o aumento previsto na conta de luz, devido ao pacote anunciado pelo governo para auxiliar companhias do setor elétrico na pandemia da Covid-19, a escolha pela energia solar está se tornando cada vez mais atrativa. É o que afirma Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).
De acordo com Sauaia, a tecnologia solar fotovoltaica tem sido uma importante aliada no atual cenário econômico, pois traz economia direta ao bolso dos brasileiros, alivia o orçamento das empresas e dos governos e os protegem contra os aumentos das tarifas no país.
“A energia solar fotovoltaica reduz, sobretudo neste momento, o custo de energia elétrica da população, aumenta a competitividade das empresas e desafoga o orçamento do poder público, beneficiando pequenos, médios e grandes consumidores do País. Ela é alternativa no atual momento de recursos escassos, quando os consumidores estão pressionados a buscar formas efetivas de reduzir gastos”, destaca Sauaia.
Aumento na conta de luz:
Segundo levantamento da Abrace (Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres), a conta de energia do consumidor aumentará cerca de até 20% devido às medidas emergenciais anunciadas pelo governo para o setor elétrico.
Sauaia reforça a economia gerada pela energia solar fotovoltaica. “Um sistema fotovoltaico bem dimensionado pode reduzir os gastos com eletricidade dos consumidores em até 95%. A economia gerada permite ao usuário destinar os recursos para outras necessidades essenciais, como alimentação, saúde e educação”, ressalta Sauaia.
Financiamentos:
Atualmente, existem mais de 70 linhas de financiamento para quem quer adquirir energia solar no país. De acordo com a vice-presidente de financiamento da ABSOLAR, Camila Ramos, as taxas de juros são a partir de 0,75% ao mês, o que viabiliza a instalação. “A aquisição de sistemas fotovoltaicos pode ser feita até para o consumidor que não dispõe de recurso próprio. Muitas vezes, a economia na conta de luz trazida pela energia solar já paga a parcela do financiamento e ainda pode aumentar o poder aquisitivo das famílias em suas demais necessidades diárias”, esclarece Camila.
02-04-2020
Empresas que investiram em energia solar este ano já sentem alívio nas costas, mesmo com redução do consumo.
De acordo com a ABSOLAR, uso da tecnologia é alternativa para as empresas mesmo em tempos de queda da atividade econômica pelo isolamento contra o novo coronavírus.
Investimento parece ser uma palavra proibida neste momento de queda de renda e de consumo. Mas nem sempre esta lógica é a melhor. Um exemplo disto é a empresa Refeições Ao Ponto, companhia localizada em Santa Cruz do Sul (RS), com mais de 25 anos na atuação no mercado de alimentação coletiva em todo o território brasileiro. Em janeiro deste ano, pouco antes da pandemia chegar ao Brasil, a empresa investiu em um sistema de energia solar fotovoltaica e, com isso, o consumo de energia elétrica caiu cerca de 40% frente à média mensal da companhia, dinheiro que está sendo usado para compensar a queda nas vendas, resultado da retração econômica.
“Há no País mais de 70 linhas de financiamento que permitem adquirir a tecnologia fotovoltaica com quase nenhum aporte, além de possuírem taxas a 0,8% ao mês, o que viabiliza a instalação”, diz Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Muitas vezes, o valor economizado na conta de luz abate o valor da parcela do financiamento e libera recursos para recompor o caixa das empresas.
De acordo com a ABSOLAR, o uso da tecnologia fotovoltaica em telhados e terrenos pode reduzir custos de energia para as empresas em até 95% e ampliar a capacidade de investimento no negócio e geração de novos empregos.
Como a atividade econômica tende a voltar de forma lenta, um aporte bem programado agora poderá ajudar as empresas a se organizarem a médio e longo prazo, quando o consumo deve voltar a crescer e a demanda por energia também. Segundo levantamento da entidade, os investimentos privados das organizações nesta área somam cerca de R$ 6,1 bilhões, desde 2012 no País.
A empresa Refeições ao Ponto investiu cerca de R$ 500 mil e, de acordo com a análise realizada pela empresa, o retorno do valor deve acontecer em um prazo de três anos e meio. “O investimento em equipamentos de energia solar é uma maneira de economizar, o que possibilita também investir em outros setores do negócio, além de permitir uma autonomia energética para as operações. Outro ponto são as iniciativas de responsabilidade ambiental, que vão muito além de estratégia de mercado, mas que se propagam cada vez mais em busca de qualidade de vida para as próximas gerações”, comenta Mara Schwengber, coordenadora regional da ABSOLAR no Rio Grande do Sul e executiva da Solled, empresa que desenvolveu o projeto.
O presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk, lembra também que o sistema fotovoltaico é hoje um dos melhores investimentos para empresas e cidadãos, já que traz um retorno muito acima do oferecido no próprio mercado financeiro. “Como o juro real no Brasil está mais baixo, os consumidores têm buscado alternativas de investimentos com retornos mais rápidos, como é o caso da energia solar”, comenta.
Para o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, o Brasil é uma nação solar por natureza, com condições privilegiadas para se tornar uma liderança mundial na área. “A energia solar fotovoltaica reduz o custo de energia elétrica da população, aumenta a competitividade das empresas e desafoga o orçamento do poder público, beneficiando pequenos, médios e grandes consumidores do País”, diz Sauaia.
31-03-2020
Energia solar pode aumentar confiabilidade do fornecimento e baratear conta, diz ministro de Minas e Energia.
Energia solar pode aumentar confiabilidade do fornecimento e baratear contaPara Bento Albuquerque, fonte solar é grande geradora de empregos, aspecto ainda mais importante tendo em vista os impactos econômicos da pandemia da Covid-19.
Em quarentena após ter testado positivo para o coronavírus, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou, em entrevista exclusiva ao Portal Solar, que vê potencial de crescimento na energia solar, elogiou os projetos de regulamentação no Congresso e disse acreditar que “ainda temos muito o que avançar com relação à fonte solar no Brasil”.
“A energia solar tem uma importância crescente no setor elétrico brasileiro. Hoje temos cerca de 5 GW de capacidade instalada de empreendimentos de energia solar fotovoltaica, sendo 2,6 GW de empreendimentos centralizados, que são aqueles de maior porte contratados por leilões, e 2,4 GW de empreendimentos de geração distribuída, que são aqueles de menor porte localizados junto ao consumo”, disse.
Segundo o ministro, com esse aumento na participação, a fonte solar contribui para o aumento da confiabilidade no fornecimento de energia elétrica, “com um potencial de redução de custos aos consumidores pela grande competitividade da fonte observada nos últimos leilões”.
Bento Albuquerque salientou ainda a grande vantagem da tecnologia fotovoltaica como uma fonte limpa de energia. “A fonte solar contribui para a descarbonização da nossa matriz, que já é uma das mais limpas do mundo, sendo também responsável por gerar uma grande quantidade de empregos, aspecto ainda mais importante tendo em vista os impactos econômicos da pandemia da Covid-19”, destacou.
Na avaliação de Albuquerque, a fonte solar passou por um processo de amadurecimento significativo nos últimos anos, “com redução nos valores de investimentos, principalmente a queda nos preços dos painéis fotovoltaicos, o que traz ganhos para os consumidores que podem utilizar uma fonte renovável e com preços cada vez mais competitivos”.
“Diria que um dos desafios a ser enfrentado pelo mercado solar passa pelo desenvolvimento dos projetos híbridos, principalmente com armazenamento de energia por meio de sistemas de baterias. Esse desenvolvimento gerará profundas transformações no setor elétrico que conhecemos hoje”, prevê.
Albuquerque destacou ainda que a fonte solar, assim como a fonte eólica, caracteriza-se por ser uma fonte intermitente, ou seja, variável de acordo com a disponibilidade da fonte. “Isso gera uma complexidade maior para a operação do nosso sistema e também a consideração de custos sistêmicos, como uma maior exigência de geração complementar para quando faltar vento ou insolação. O desenvolvimento de empreendimentos híbridos, com armazenamento de energia devem suprir essa característica da fonte solar”, diz.
Coronavírus:
Albuquerque, que termina seu período de quarentena nesta semana e não teve os sintomas do coronavírus, destacou que, além dos desafios típicos da fonte solar, o país passa por um momento complexo causado pela pandemia da Covid-19. “Não sabemos ainda exatamente quais serão os impactos na demanda por energia elétrica nos próximos anos, o que pode afetar o mercado de todas as fontes de energia”, disse.
O ministro destacou ainda que a participação do Congresso é fundamental na definição das políticas públicas relacionadas as fontes renováveis, como a fonte solar. “Os debates em torno da regulamentação da geração solar, especialmente a geração distribuída, não são uma exclusividade do Brasil, ocorreram em diversos países do mundo. O que deve se ter como objetivo é uma regulamentação que venha a ser implementada de forma a garantir o desenvolvimento da fonte solar de forma sustentável, trazendo benefícios para todos os consumidores do País”, finalizou.